terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ração Humana? Reciclagem Humana!



A gente cuida da casa, cuida do corpo, cuida da aparência, cuida do cachorro, cuida da alimentação, cuida do carro, cuida da vida dos outros, principalmente. Mas esquecemos de uma coisa, e a gente? E eu comigo mesmo, assim eu para com os outros, eu ao meu redor, eu!?

Pelo menos uma vez por ano, eu abro meu armário e tenho uma conversa muito seria com ele, decido quem continua dentro e quem sai, o que não me serve mais, e sei que para alguém vai servir, nesse casos minhas primas são privilegiadas. Aquela blusa que não cabe mais, aquela calça bem batida ou aqule que comprei e nunca usei e sei que não vou usar, aquele casaco do tempo de colégio, aquele vestido que não me traz boa recordação, principalmente esse eu quero bem longe.

Nunca fui apegada a coisas matérias, e sou completamente a favor das mudanças, mudo a posição dos móveis do meu quarto pelo menos umas 4 vezes por ano, nem meu cabelo escapa, deu a louca eu corto. Cabelo cresce! Algumas pessoas, diriam que sou bipolar, inquieta, indecisa, hiperativa, mas vejo isso como: reciclagem energética ou reciclagem humana.

É muito simples, tudo que me incomoda, acumula, não serve mais, peso morto, eu jogo fora. Abro espaço para o novo, renovo as energias, limpo. Com pessoas não é muito diferente. Excluo, deleto, bloqueio, desfaço.

Desfaço amizades que no final das contas nem eram tão verdadeiras assim, ou foram um dia, mas hoje não são mais, nostalgia as vezes faz mal a saúde. Me distancio de gente que só te procura quando quer alguma coisa, deleto gente que me fez mal, e dou descarga nos ressentimentos. Gente que deu muita mancada seja comigo ou fez alguém que eu amo sofrer, essa eu mando pra boca do sapo, no bom sentido, claro!

Sabe aquela pessoa baixo astral, que só reclama, só te liga quando esta deprimido, gente que suga sua energia, essas eu evito. Amigo que é amigo a gente sabe quando precisa de verdade, pra essas sempre estou a disposição, eu e meu divã de boteco.

Mas as outras que só falam mal da vida (dos outros) delas mesmas, gente estagnada, gente pobre de espirito, gente que fala bem de você pela frente e mal pelas costas, gente que gasta o que não tem pra ser o que não é, essas eu quero bem longe, essas eu mando praquele lugar.

Outra coisa que me desapego fácil, ou aprendi na marra: trabalho. Se tá ruim, se tá difícil de aguentar, eu saio! Saiu sem culpa, melhor ser feliz com saúde do que perder por alguns trocados. Nada é mais perturbador do que uma mente sobrecarregada. Alguns diriam que é covardia, coisa de gente fraca, sem perseverança, pra você que pensa assim: boa sorte!

Se tem uma coisa que me tira do serio, e eu não consigo entender, é gente estagnada, na vida, no relacionamento. Nesse ultimo então chega a ser inacreditável, ok, existem diversos fatores mas nada justifica, o comodismo. Relacionamento é interagir, agir, quando isso não funciona mais, ou você cai na real ou sai. A pior coisa a se fazer é levar um relacionamento a diante nas “coxas” e principalmente porque tem medo de ficar sozinho.  Você nasceu sozinho (se não tem irmão gêmeo) e vai morrer sozinho. Aprenda a lidar com você mesmo, a viver com você mesmo, você é a sua melhor compania. Ou seu travesseiro te denuncia, porque é lá que você se encontra com sua consciência. É bom que ela esteja em paz!

Tomar decisões nem sempre é fácil e na maioria das vezes não envolve só a gente, dependemos de terceiros, quartos, quintos, nem sempre vamos agradar a todos, oras, se Jesus Cristo que transformava agua em vinho, ressuscitava os mortos, curava os doentes, não agradou, quem somos nós?! O importante é desapegar do que não te faz mais bem do que não te acrescenta em nada e desfazer-se de tudo isso, é difícil, mas depois você vai perceber o tamanho do espaço que sobrou para ocupa-lo com o que realmente importa. E o que importa para você? O que te faz feliz de verdade?

Pense nisso!

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

(Fernando Pessoa)

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